sábado, 7 de abril de 2007

Nas Nuvens...


Hj está um daqueles dias RxR, vc sabe como é. Fico tão triste por mais que faça, nunca agrado a ninguém, são só acusações de ambos os lados e fico no meio do fogo cruzado.


Tenho vontade de evaporar e ir parar nas nuvens e ver tudo de lá, mas não posso, sabe depois que vc partiu a vida ficou mais sem sentido, não sei porque ainda aguento tudo isso.


Amanhã é páscoa e queria dormir o dia inteiro, afinal não tenho vc para entregar o ovo bem grandão, nunca conto com nada mesmo.


Espero que um dia possamos nos encontrar, a vida com vc sempre foi mais simples e muito mais gostosa.


Boa noite querida.


sexta-feira, 6 de abril de 2007

Estamos em Uberaba


Meu amor na porta do seu Colégio Integrar, ela tinha muita felicidade de ir todos os dias na escola.
Boa noite amor, a chegada aqui foi muito triste, chorei muito, mas vc sabe como é teu tio, um palhaço e passei o dia de hj sorrindo mesmo.

A Cidinha veio nos visitar, dei a ela um mini tear igual ao meu. Gostei da casa, vc já tinha vindo né amor, já conhecia, lembramos de vc muitas vezes.

Fiz crochê o dia todo é um meio de ficar atarefada, mas não de esquecer vc, tb nem quero te esquecer.

Vc ficaria feliz, comemos bacalhoada que a dona Nena fez, e teve muitos bombons, sei que qdo vc ler este diário seus gostos serão outros, mas tudo bem, vamos rir um pouco.

Vou dormir e queria muito sonhar com vc princesa, espero um dia sonhar, senti muita tristeza em saber que seu corpinho ficou em São Paulo e eu vim tão longe, mas vc não está vendo nada, mas meu coração ficou muito apertado.

bjinhos de chocolate

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Páscoa...

Oi gatinha, hj vou a Uberaba, é a primeira vez sem vc, que pena.
Ontem a noite me deu uma dor forte no peito e muita tristeza, queria colocar aqui só lembranças boas, mas elas ainda estão muito ligadas a dor.
Não sei como será a chegada no Edu sem vc.
Não vai ter ninguém reclamando que quer voltar pra São Paulo e depois chorando pra ficar em Uberaba, não quero parar no posto da Bandeirantes, não tem mais graça tomar café lá, nem passar no frango assado, comprar biscoitos pra quem?
São muitas lembranças, vou sentar no banco da frente do carro seu lugar, desde que vc se foi sento lá não posso deixar o banco vazio, seria mais triste.
Hj está uma garoa e o ar mais fresco, estes dias estava muito quente, terrível, vc sabe gosto mais do frio.
O Pil está indo bem com o namoro, o "Riroranes" vai com a gente viajar.
Filha não sei como viver sem vc. Eu te Amo!

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Oi amore!


Eu e a Valéria em dezembro de 2003 em Águas de Lindóia, dois dias antes do Natal.
Hoje a saudade está muito forte, mas envolta de carinho.
Ouvi na capela sobre a Volta de Jesus e a chegada no céu, fechei os olhos e imaginei, estava lá e a Rebeca chegou sorrindo e me abraçou em seguida um anjo chegou e trouxe a Valeria, abracei minha filhotinha e beijei matando a vontade que estou de beijá-la, a nossa frente estava Jesus sorrindo, nós fomos e O abraçamos.
Como gostaria que isso acontecesse logo.

Lembranças...
Era véspera de natal, a festa preferida da Valeria, ela estava com uns oito aninhos, montamos a mesa da ceia, e ela comeu muito.
Mais tarde fomos dormir, meu irmão tinha trazido uma bandeja de bombons caseiros, mas quase ninguém comeu, como é coisa que não estraga deixamos na mesa para o dia seguinte, mas qual não foi a surpresa ao acordar, não havia mais bombons e devia ter uns 20 e a Valeria estava toda suja de chocolate e o pior é que ela nunca comia chocolate, pensei que ela passaria mal, mas que nada, se tivesse mais acho que comeria.
A safadinha levantou bem cedinho e mandou ver, e nós aprendemos a guardar o que fosse.


Agora queria que ela estivesse aqui para comer seu ovo de páscoa, que ficava feliz ao seguir as patinhas que eu fazia com farinha para que elas o achassem.


Te amo muito minha princesa.



terça-feira, 3 de abril de 2007

Meu Solzinho...

As fotos são da comemoração dos meus 50 anos, em 2006, fomos em um restaurante a caminho de Atibaia , na Fernão Dias, chamado: Procura-se uma Empada.
Olha a alegria da Valeria, para ela a "festa" era sempre dela.



Ela chegou quietinha, meiga, sem pedir nada, apesar de sua notável carência. E em pouco tempo se tornou nosso solzinho, iluminou a todos, trouxe calor à nossas vidas.


Ela era o sol e nós passamos a girar ao seu redor. Com jeitinho ela conseguia tudo o que queria.


Se existisse uma forma de personalizar a alegria, era a Valeria com certeza. Para ela não tinha dia ruim. Chuva? Há pessoas que não gostam, para ela era festa, assim podia pedir os bolinhos de chuva feitos pela vovó, que ela chamava de "Mã".


Quando viajavamos ela nunca queria ir, reclamava a viagem toda e nós íamos negociando, na hora de voltar para casa, a Valeria não queria voltar e vai lá negociar novamente, rsrsrsrsrs.


Amava as datas comemorativas, passava uma , ela já perguntava qual era a próxima; começava com as Férias de janeiro, Uberaba e Bertioga, depois vinha carnaval, outra viagem, aniversário da Ro em março, páscoa, para este ano ela já tinha escolhido um ovo deste tamanho e abria bem os braços, dia das mães... e assim ia até chegar natal e ano novo e começava tudo de novo.


Ontem fez um mês que nosso solzinho se apagou, ficou o calor das boas lembranças, suas histórias, suas tiradas geniais e muita mais muita saudade.


Viver sem ela está muito difícil, quase impossível, ir ao cemitério levar umas flores ameniza, mas é tão difícil sair de lá, eu nunca pensei que doesse tanto.


A Valeria teve que ir para UTI no dia que foi internada, dia em que morreu, e para que ela fosse do leito pra maca eu tive que negociar e foi a última vez que pude ouvir meu bebê.


Eu disse: - querida venha pra maca meu bem o médico está pedindo, ela respondeu: - não.


-Venha que vamos logo embora.


- Nois vamo embola, mamãe?


- Vamos logo querida.


- Pa casa não, né mamãe, pa casa não?


- Pra casa não meu bem, vamos passa no MCDonald.


Ela mais do que depressa foi para maca feliz da vida e foi a última vez que vi minha filhinha com vida.


Um mês sem ela... Como será agora?